Devaneios Inventados I
Na conversa ao pé do ouvido, eu queria lhe dizer coisas que arrepiam a alma.
Mas minha voz, você não ouvirá aí da lua..
Como escolher as palavras certas? Qual é o tom que lhe agrada?
Mas, daí, você escutará meus gritos, ou a batida do meu coração?
As expressões românticas ou as mais picantes, ou um misto dela?
Nesse ambiente, as vezes prateado ou muito escuro, onde você se enconde na Lua Nova?
.....
Escolhas me distanciam, muitas das vezes do meu próprio eu...
Ensina-me! Sou seu aprendiz do teu amor.
O prateado da lua em tua pele, entumece minha alma, calma...
Respiro fundo! A brisa paira e me remete novamente a você...
Estou preso a lua... mas sei, bem certo, o que devo buscar...
....
Ao lutar pelo teu amor, não quero perder a minha capacidade de desnudar minha alma.
Você me reconhece, e por inteiro, a partir do olhar.
Seu olhar meu desnuda, ainda bem, pois assim você vê, quem eu realmente sou.
Imperfeito no ser, perfeito ao amar vc!
...
O azul-esverdeado do seu olhar, me lembra a linha tênue que separa o verde do mar e o azul do seu, é quando olho para esse ponto que lembro de você me fitando.
Seu olhar me tras conforto, me faz esquecer que ontem sofri, só seu olhar, teu mirar.
..
Tom Jobim - Luiza
Luíza
Tom Jobim
Rua,
Espada nua
Boia no céu imensa e amarela
Tão redonda a lua
Como flutua
Vem navegando o azul do firmamento
E no silêncio lento
Um trovador, cheio de estrelas
Escuta agora a canção que eu fiz
Pra te esquecer Luiza
Eu sou apenas um pobre amador
Apaixonado
Um aprendiz do teu amor
Acorda amor
Que eu sei que embaixo desta neve mora um coração
Vem cá, Luiza
Me dá tua mão
O teu desejo é sempre o meu desejo
Vem, me exorciza
Dá-me tua boca
E a rosa louca
Vem me dar um beijo
E um raio de sol
Nos teus cabelos
Como um brilhante que partindo a luz
Explode em sete cores
Revelando então os sete mil amores
Que eu guardei somente pra te dar Luiza
Luiza
Luiza
Sábias agudezas... refinamentos... - não! Nada disso encontrarás aqui. Um poema não é para te distraíres como com essas imagens mutantes de caleidoscópios. Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe Um poema não é também quando paras no fim, porque um verdadeiro poema continua sempre... Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras. MQ
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