sexta-feira, 6 de abril de 2018


Num "eiro" democrático qualquer

No bueiro cresce um abacateiro
Sentado a sombra do abacateiro toca um bandoleiro
O bandoleiro cantarola um cancioneiro
O mesmo cancioneiro de um roqueiro

O algodoeiro e seu algodão
O alcoviteiro atiça o candieiro
O banho no banheiro e aguaceiro.
E do lado de foram um bisbilhoteiro.

O banco e seu banqueiro
A artilharia e seu artilheiro
O bocaneiro e "terra à vista"
A margem a castanha e seu castanheiro

A democracia e seu bombardeiro
A denuncia e seu armeiro 
A lanterna joga no bueiro
Com ela meu voto inteiro.