34 anos e nenhuma certeza
Algumas escolhas e poucas convicções
Nenhuma certeza e muitas duvidas
Medo e constantes tranformações
Insegura movida a mudanças
Desafios como testes, limites
entre os 34 e os 43, dança de cadeiras
em diferentes papéis atuo, acredite
viver tem se tornado uma imensa brincadeira.
Sábias agudezas... refinamentos... - não! Nada disso encontrarás aqui. Um poema não é para te distraíres como com essas imagens mutantes de caleidoscópios. Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe Um poema não é também quando paras no fim, porque um verdadeiro poema continua sempre... Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras. MQ
domingo, 19 de dezembro de 2010
Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem? (Confúcio)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
"Leve essa mulher e me traga um charuto cubano e um copo de whisky." Cristian Vidal
Um e outras na cabeça
A luz pela janela
Me cega o olhos
A intensidade é tanta
Quero antolhos
Um dor de cabeça profunda,
Um copo baixo, ao lado de um cinzeiro
Meus olhos buscam coisas, circunda
Minha mente organiza o picadeiro.
Um suspiro profundo
O odor de charuto no ar
E gosto de Scott, abundo
E no quarto tudo a girar.
Os pensamentos me invadem a mente
Quando de repente, tento me levantar
Um profundo aperto no peito, por um instante
Um dor intangível, um primeiro soluçar
Lágrimas.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
"Entre a frustração e a depressão...minhas mãos..." Celia Piovesan
Je suis désolé
Je suis fatigue
Eu tento e tento de novoEu acredito e permaneço no exercício de acreditar
Você tenta e tenta e nada de novo
Se você tem fé tem no que se agarrar
Eu aposto, você aposta, eles apostam
Nós perdemos!
Eu recomeço, tu recomeças, eles recomeçam
Nós sobrevivemos.
Eu me sinto só, tu te sentes só
E no meio da multidão estamos a sós.
Um copo de vinho, uma taça de champagne
E continuamos sozinhos
A pior das melhores presenças,
É estar consigo mesmo e se sentir sozinho
Nada nem ninguém preenche essas ausências
É algo que não tem fim, buraco sem fundo, redomoinho.
Eu me frustro, tu te frustras, somos frustrados
Pelos objetivos alcançados e que nos mantém na mediocridade
Pelos sonhos não realizados e que nos fariam melhores do que somos
Você sonha, eu acordo!
terça-feira, 9 de novembro de 2010
"Os poemas são pássaros que chegam não se sabe de onde e pousam no livro que lês. Quando fechas o livro, eles alçam vôo como de um alçapão. Eles não têm pouso nem porto alimentam-se um instante em cada par de mãos e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias, no maravilhoso espanto de saberes que o alimento deles já estava em ti..."MQ
Palavras sonhos e desejos,
Olhares, tocares, revejo
Um beijo, abraço e o toque
Amores, paixões almejo.
Uma palavra ao vento eu solto,
Em meus sonhos os pesadelos reviro,
Mitos, tabus e amores revoltos
Tudo que encontro, pouco admiro.
Um pedra arremessada ao lago,
Uma flecha lançada ao ar.
Um sentimento dentro de mim afago
Uma certeza só eu tenho, te encontrar.
Vento leva daqui,
A palavra que em sentimento envolvi
A poesia ainda inacaba
A vida em verso, escancarada.
domingo, 7 de novembro de 2010
O amor calcula as horas por meses, e os dias por anos; e cada pequena ausência é uma eternidade. John Dryden
Uma volta ao mundo em 2960 dias
Teve um segundo da minha vida, que esperei por minutos
Chegado os minutos, pedi por mais infinitas horas
Houveram dias, que acreditei que anos não seriam suficientes
Após alguns anos, eu quero uma década!
Ela bate a porta, e eu espero por mais
Encontrei felicidade e compania,
Tudo aquilo que os amantes buscam
Ela está aqui dentro de mim.
Alguns falam dos desafio dos 7
Passado por eles, chega o oitavo
8 é o número da maturidade e
também do infinito
Eu busco a eternidade em tudo o que vivo
Numa tentativa de fugir da morte, ou do finito
As dificuldades serão superadas, e a distância reduzida
O encontro é certo, porque é consolidado no amor!
Parabéns!
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
A vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro. John Lennon
Retalhos da Vida
A vida acontece
Quando finda a tempestade
O amor aparece
No sol raiar
A vida acontece
Quando chega seu e-mail
O amor aparece
Quando toca o celular
A vida acontece
Quando acordo ao seu lado
O amor aparece
Quando yo miro seu olhar
A vida acontece
Quando desenhamos juntos o futuro
O amor aparece
Quando temos que concordar
A vida acontece
Quando sinto essas palavras
O amor aparece
Quando você chegar!
domingo, 29 de agosto de 2010
Se soubéssemos quantas e quantas vezes as nossas palavras são mal interpretadas, haveria muito mais silêncio neste mundo. Oscar Wilde
"poesias incertas e muito quebradiços"
O que move os sentimentos?
Do mais simples ao mais complexo.
O que são meus sentimentos?
Em toda descrição, nenhum nexo.
O que é a saudade?
Se não uma triste devoradora
De toda nossa humanidade
Que a todo tempo ecoa.
O que é a alegria?
Além de uma linda passageira
Que a todos inebria
Com seu olhar de faceira
O que é o amor?
Além de um triste trovador
A cantarolar a perda de um amor
Numa rima, sem métrica, só dor.
O que são as palavras?
Se não um feitiço sob esse escritor
Vem e volta como um bater de asas
Torna-me escravo, em frente a uma flor.
O que são as rimas?
Se não, perversas meninas
A confundir-me entre elas
Por não saber escolher, a mais bela.
sábado, 21 de agosto de 2010
"Pela janela, entre aberta - borboletas" (RP)
Sir Henry foi um amigo muito especial, deste humilde camponês, cultivador deste blog. Durante muitos anos, Sir Henry mesmo contrariado pela vida, optou pela paixão, como orientador da sua vida. A partir desta paixão, imaculada, Sir Henry, compôs operas, pintou seus memoráveis quadros, escreveu poemas eternizados, tirou prazer do vinho, da carne, da vida. Ao descobrir, subtamente que sua paixão, era seu próprio ópio, e julgando isso a partir das cobranças da vida, resolveu internar-se numa clínica para recuperação.
Hoje ele amarga, a triste e desidratada vida, onde as borboletas não passam mais pela janela.
No fim dos seus áureos anos de romance e paixão Sir Henry, passeando pelo condado de Poesias Rupestres, resolveu entalhar nesse blog a seguite poesia de despedida:
Hoje ele amarga, a triste e desidratada vida, onde as borboletas não passam mais pela janela.
No fim dos seus áureos anos de romance e paixão Sir Henry, passeando pelo condado de Poesias Rupestres, resolveu entalhar nesse blog a seguite poesia de despedida:
Nem me Diga
(Henry of Charlotte)
(Henry of Charlotte)
O que sinto não digo.
Não pode ser dito.
Não cabe na palavra.
Não vale a palavra.
Não gosta da palavra.
O que sinto é indizível
O que digo não sinto.
Não pode ser sentido.
Não cabe no sentimento.
Não vale o sentimento.
Não gosta de ser sentido
O que digo não tem sentido
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Uma boa raiva produz um excelente discurso Ralph Waldo Emerson
Não sei de onde surgeNem sei de onde ela vemNão reconheço o momento exatoNem a sua compania
Sinto aumentar as batidas de meu coraçãoA pressão sanguínea, num vai e vem frenético, aquece meu rostoDe repente as coisas se tornam cinzasAs variações ficam em preto e branco
A respiração fica difícilA temperatura do meu corpo aumentaOs poros ficam encharcadosOs pensamentos desordenados
Os sentimentos se confundamO turbilhão dentro de mim forma um tsunamiUma imensa vontade de me desfazer de tudo issoFaz com que meus instintos primitivos fiquem a flor da pele
Tudo se resume em um desejo de materializar,fisicamente esse sentimentoO corpo e o cérebro pedem para que isso seja feito,o quanto antesPalavras, atitudes, ou alguma outra expressão possível
Tento controlar a respiraçãoOrganizar os pensamentosConter os sentimentosRespiro fundo
Desvio a atenção para outra situaçãoAs cores voltam, junto com a respiração controladaQuando percebo, passouEsse foi meu momento de fúria, raiva e tremenda ira.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe. Oscar Wilde
You live, you learn You love, you learn You cry, you learn You lose, you learn You bleed, you learn You scream, you learn You grieve, you learn You choke, you learn You laugh, you learn You choose, you learn You pray, you learn You ask, you learn You live, you learn | Você vive, você aprende, você ama, você aprende Você chora, você aprende, você perde, você aprende Você sangra, você aprende, você grita, você aprende Você se aflige, você aprende, você se sufoca, você aprende Você ri, você aprende, você escolhe, você aprende Você reza, você aprende, você pergunta, você aprende Você vive, você aprende | Tù vives tù aprendes Tù amas tù aprendes Tù lloras tù aprendes Tù pierdès tù aprendes Tù sangràs tù aprendes Tù gritas tù aprendes Te afliges tù aprendes Te ahogas tù aprendes Tù ries tù aprendes Tù eliges tù aprendes Tù rezas tù aprendes Tù preguntas tù aprendes Tù vives tù aprendes |
terça-feira, 20 de julho de 2010
"Deus está nas coincidências". Nelson Rodrigues
Devaneios passados a limpo...
Cenário: um por do sol em algum lugar da Toscana...
Set: dentro de um trem regional, sob a mesa um copo de café, caneta, um cardeneta (esta que estou escrevendo) e um guia de Venezia.
Personagens: eu e vc dormindo...
Pensamentos:
E outra vez o sol se esconde
por tras das montanhas, se esconde
Vai sol, visitas meu país de cor verde e purpura
Mande lembranças desse país - mãe (mátria)
de cores verdes, e brancas, manchadas de vermelho sangue
Uma história para nós mal contada, pelos professores [na escola] e nonnos e nonnas [no sofá da velha casa amarela].
Histórias fantasiadas de memórias reinventadas
Retalhos que costuram um nacionalismo duplo [brasil & itália]
Uma nacionalidade querida e desejada.
Difícil não amar a Itália
É como deixar de amar uma parte de nós, que aqui ou acolá, está,
entre um por do sol e outro, tento me reencontrar,
entre uma montanha que passa e outra, o desejo de amar e se amado.
Como símplice criatura ama ao seu criador - uma ovelha ao seu pastor.
Que idioma falou D´us?
E que língua ele conosco falará?
Eu O vejo em coisas simples, nas folhas das oliveiras que pelas janelas do trem, passam rapidamente.
No rosto de pessoas sofridas, de mãos calejadas ou de faces cortadas do frio.
A imagem do Cristo vivido e amado
Não em cruzes cheias, mais além de cruzes vazias!
Gloria in excelsis Deo et in terra pax hominibus. bonæ voluntati
Factorem et visibilium omnium et invisibilium
PS: Escrito após a visita de Castellnuovo di Garfagnana, Prato, Pisa, Siena e Firenze.
PS: Preciso voltar a Toscana, os girassóis que não vi, ainda me esperam!
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Lista de Tarefas... Quando acordar: escovar dentes. Antes do almoço: tomar banho. Ao me olhar: rir, pra sempre... Francismar Prestes Leal
Uma lista simples...
Quando aponto o lápis de cor... as sobras formam uma pequena flor.
Quando faço leite quente... a espuma
Quando começa a chover... o cheiro de chão molhado
Quando se corta a grama... o cheiro de verde no ar
Quando faço um café expresso... o cheiro, o primeiro gole.
Quando faço um risotto... a cremosidade
Quando abro um livro... o cheiro da impressão.
Quando escuto uma musica... os primeiros acordes de uma canção
Quando abro os olhos... a luz do dia
Quando chove... o frescor da alma
Quando estou com amigos... a conversa sincera
Quando estou com a pessoa amada.. o carinho
Quando olho para você... os olhos verdes azulados
Quando sinto seu cheiro... a memória de um amor
Quando beijo seus lábios... o desejo revelado
Quando te abraço... as batidas de seu coração
Quando escrevo uma mensagem... o ponto final.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
"Tu mi manchi, amore mio e mi manchi come quando cerco Dio ho bisogno di te di averti ancora qui con me" (LP)
Sonhos Solitários
6h da manhã
Relógio desperta
Sem abrir os olhos
Pensamentos me acodem
“...
Na pele o suor
Em meu corpo
Teu suor
Marcas do amor
As mãos tateiam
O lençol ainda amassado
Seu cheiro no travesseiro
Engana-me.
Olhos ainda entreabertos
Insistem em não abrir
Não quero constatar
Que aqui você não está
Noites de amor,
Acontecidas somente em sonho
Aumentam o espaço da saudades
Svegliati, ho bisogno di Te
Nos lábios, o sabor de um beijo jamais recebido
..."
sexta-feira, 18 de junho de 2010
...Saudade é amar um passado que ainda não passou, É recusar um presente que nos machuca, É não ver o futuro que nos convida... Pablo Neruda
Os Nós & Nós
Nós de nós 2
Dois nós entre nós 2
Laços que nos une, nós
No amor de nós 2
Ata e desata, nós
Que se fazem e refazem, nós
Cetim, corda, cordão, arame
Tece a vida, nós
Apertados, folgados
Nós 2,
E um espaço entre nós
2 Nós.
Pontas e meios
Entre nós, dos nós
Espessuras e finuras
Candura, nos ata a nós
O tempo
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana
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