Mercedes Sosa (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 — Buenos Aires, 4 de outubro de 2009)[1] foi uma cantora argentina de grande apelo popular na América Latina. Com raízes na música folclórica argentina, ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como Nueva canción. Apelidada de La Negra pelos fãs devido à ascendência amerindia (no exterior acreditava-se erroneamente que era devido a seus longos cabelos negros), ficou conhecida como a voz dos "sem voz".
Gracias A La Vida | Graças à Vida |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me dio dos luceros que cuando los abro | Me deu dois luzeiros que quando os abro |
Perfecto distingo lo negro del blanco | Perfeito distinguo o preto do branco |
Y en el alto cielo su fondo estrellado | E no alto céu seu fundo estrelado |
Y en las multitudes el hombre que yo amo | E nas multidões o homem que eu amo |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me ha dado el oído que en todo su ancho | Me deu o ouvido que em todo seu comprimento |
Graba noche y día grillos y canarios | Grava noite e dia grilos e canários |
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos | Martírios, turbinas, latidos, aguaceiros |
Y la voz tan tierna de mi bien amado | E a voz tão terna de meu bem amado |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me ha dado el sonido y el abecedario | Me deu o som e o abecedário |
Con él, las palabras que pienso y declaro | Com ele, as palavras que penso e declaro |
Madre, amigo, hermano | Mãe, amigo, irmão |
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando | E luz iluminando a rota da alma do que estou amando |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me ha dado la marcha de mis pies cansados | Me deu a marcha de meus pés cansados |
Con ellos anduve ciudades y charcos | Com eles andei cidades e charcos |
Playas y desiertos, montañas y llanos | Praias e desertos, montanhas e planícies |
Y la casa tuya, tu calle y tu patio | E a casa sua, sua rua e seu pátio |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me dio el corazón que agita su marco | Me deu o coração que agita seu marco |
Cuando miro el fruto del cerebro humano | Quando olho o fruto do cérebro humano |
Cuando miro el bueno tan lejos del malo | Quando olho o bom tão longe do mal |
Cuando miro el fondo de tus ojos claros | Quando olho o fundo de seus olhos claros |
Gracias a la vida que me ha dado tanto | Graças à vida que me deu tanto |
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto | Me deu o risoe me deu o pranto |
Así yo distingo dicha de quebranto | Assim eu distinguo fortuna de quebranto |
Los dos materiales que forman mi canto | Os dois materiais que formam meu canto |
Y el canto de ustedes que es el mismo canto | E o canto de vocês que é o mesmo canto |
Y el canto de todos que es mi propio canto | E o canto de todos que é meu próprio canto |
Gracias a la vida, gracias a la vida | Graças à vida, graças à vida |
BUENOS AIRES, Argentina — A cantora argentina Mercedes Sosa, conhecida como 'La Negra', uma das vozes mais famosas da música contemporânea e defensora apaixonada dos direitos humanos, faleceu neste domingo, aos 74 anos, depois de passar duas semanas internada.
A artista receberá as honras reservadas às principais personalidades da Argentina, com o corpo sendo velado neste domingo no Congresso.
Mercedes Sosa, conhecida como 'La Negra' por seu longos cabelos negros, foi uma das artistas argentinas mais populares das últimas quatro décadas
Nascida em 9 de junho de 1935, foi dona de uma das vozes mais representativas do cancionário popular argentino e da América Latina e gravou mais de 40 álbuns.
A cantora gravou diversos duetos com artistas brasileiros, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gal Costa, Milton Nascimento, Fagner e Beth Carvalho.
Outras estrelas internacionais com as quais dividiu os palcos foram Luciano Pavarotti, Sting, Lucio Dalla, Nana Mouskouri, Tania Libertad, Joan Baez, Andrea Bocelli, Alfredo Kraus, Konstantin Wecker, Silvio Rodríguez, Pablo Milanés, Luz Casal, Ismael Serrano e Shakira.
Sosa foi herdeira e símbolo de um movimento de música folclórica com forte compromisso político que teve como grande nome Atahualpa Yupanqui, que morreu em Paris em 1992.
O corpo da cantora será cremados e as cinzas espalhadas em sua cidade natal de Tucumán, em sua adotiva Mendoza e na capital Buenos Aires, informou a família.
Hospitalizada em 18 de setembro com um grave quadro de insufiência renaç e hepática, a artista faleceu na madrugada de domingo.
Ativista política, entre os grandes momentos de sua carreira figuram as apresentações que fez na Capela Sistina do Vaticano (1994), no Carnegie Hall de Nova York (2002) e no Coliseu de Roma (2002) para pedir pela paz no Oriente Médio, ao lado de Ray Charles, entre outros.
"Foi a voz dos que não tinham voz na época da ditadura (1976-1983) e levou a angústia pelos direitos humanos na Argentina a todo o mundo", declarou o músico Víctor Heredia, cantor e compositor de algumas músicas que ficaram famosas na voz de Mercedes Sosa como "Razón de Vivir".
O roqueiro Charly García, recém recuperado de um grave quadro de saúde, também homenageou 'La Negra': "Ela foi em seu momento a melhor voz argentina. É quase uma estrela do rock".
Em sua apaixonada busca artística, Sosa incursionou no rock argentino, ao lado de músicos populares como Charly García, Fito Páez e León Gieco.
Sosa lançou recentemente o álbum duplo "Cantora" e foi indicada este ano para o Grammy Latino por melhor álbum e melhor cantora de álbum folclórico. Nesta obra ela dividiu espaço com artistas como Joan Manuel Serrat, Luis Alberto Spinetta, Caetano Veloso, Shakira, Gustavo Cerati, Charly García, Calle 13 e Joaquín Sabina.
A presidente chilena Michelle Bachelet enviou uma mensagem de admiração à artista, que considerou "a voz mais vigorosa da América latina".
Sosa era considerada uma das maiores difusoras da obra da cantora e compositora chilena Violeta Parra, depois de transformar "Gracias a la vida" em seu tema emblemático.
"Como vocês sabem, 'Gracias a la vida' é uma canção nossa, mas também universal. Há múltiplos artistas de vários países que a gravaram e a tornaram famosa e uma destas vozes é a de Mercedes Sosa", destacou Bachelet.
"Nasci em Tucumán e vivo em Buenos Aires. Sou cantora. Sou viúva. Tenho um filho, Fabián Ernesto, e duas netas. Dirijo um Audi pequeno. Fiquei muito doente e me reencontrei com Deus. Sou progressista. Sou embaixadora do Unicef", se autodefiniu Sosa em uma entrevista em 2000.
Caro Ex-Poeta Rupestre
ResponderExcluirEste blog está ficando mais longe. Distante da poesia. Mercedes morreu, OK...Mas, isto eu sei pelas agencias de nioticias. Lá, nao tem poesias dramáticas de amor. Isto esperava encontrar aqui.
Tudo bem...vc ainda nao conseguiu refutar minha hopótese mesmo... Pelo contrário, confirma-a a cada dia kkkkkkkkkkk
um ab