quarta-feira, 31 de março de 2010

Beber a grandes tragos extingue a sede; beber em pequenos goles prolonga o prazer da bebida. Assim é também com relação ao prazer do amor. E com tudo o mais na vida. Provérbio italiano

Liberi di Amare, Vivere e Sognare





De quantas idas e vindas é formada uma vida?
Quantos encontros e desencontros são necessários?
As coisas que mais me intrigam com a vida estão relacionadas sempre a nosso poder de mudança.
A mutação humana é a constante da vida!

Nos adaptamos sempre.
Aos novos lugares, aos novos costumes
Adquirimos novos hábitos e costumes
E o que resta de original?

Hoje olhei no espelho e não me reconheci
Cabelos brancos aparecendo, rugas aqui e ali
Novos conhecimentos e saberes.
E nada disso posso traduzir como sabedoria.

Persigo a simplicidade de viver, mesmo que seja muito difícil ser simples
Procuro em minha prática diária, dar um tempo para me ouvir
É chegado meu momento de parar e analisar tudo que tenho construído até aqui.
Valeu a pena? Um certo autor, que admiro muito insiste em me convencer que sim.

Ontem eu estava lá
Hoje estou aqui
Amanhã estarei acolá
Mas onde realmente eu gostaria de estar?

As palavras me fogem
Existe confusão dentro de mim
E as certezas se dissipam cada dia
Tenho muito o que viver, sede da vida!

Uma taça de vinho
Várias taças de vinho
Uma mesa rodeada de amigos
A presença da pessoa amada.

Carinho, candura, olhar e sentimento
Um aperto de mão e um abraço de despedida
A certeza de que é uma até logo...
A certeza do reencontro...

Vou ali e já volto, trazendo boas novas de vida
Carregar a bateria é o que preciso agora
Repassar o script dos papéis que tenho atuado
Talvez modificar ou reescrever os roteiros.

O ontem se foi...
O hoje esta acabando...
O amanhã, o que será...
Perfetto, puro, solitário




Ritratto Al Chiar Di Luna
Trad: Anton Angelo Chiocchio

Lascio i miei occhi in questo parco le mani nel muschio dei muri, per quegli che un giorno a cercarmi verrà, tra pensieri futuri. Non voglio chiamarti per nome: parrebbe il sibilo del vento; brucio tra i gradi della sfera tutta, nel semplice momento. Durano piá l'edera, l'erba che il viso mio di quest'istante. Ma posso fissarlo in parole, scolpirlo in un tempo costante. Mai gli occhi ho avuti tanto chiari e folle il riso, come l'aria... mi sento tutta uguale agli alberi: perfetta, pura e solitaria. Qui l'occhio mio vede dal fíore, qui il braccio mio teso é nel ramo, qui voci d'acque vaghe echeggiano quella d'amore che sognamo.

2 comentários:

  1. Caro Poeta-Ido-e-Vindo,

    Não tenho idéia de qual seria a resposta às perguntas iniciais de seu texto. Mas, concordo assim mesmo. Concordo com as perguntas. Concordo com a efemeridade de tudo. Concordo com a constataçao de que nada muda, exceto quem somos.
    Como brinquedos de lego, com as mesmas peças do que fomos, construímos novas figuras. Se melhoramos ou pioramos, quem saberá?
    Boas Férias

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  2. Caro, me lembrou sua fala, um jogo japones muito interessante (que vc conhece) chamado TANGRAN, e diferente do LEGO, são poucas peças (como nós) e muitos, mais muitos formatos imaginados...

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