Sábias agudezas... refinamentos...
- não!
Nada disso encontrarás aqui.
Um poema não é para te distraíres
como com essas imagens mutantes de caleidoscópios.
Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe
Um poema não é também quando paras no fim,
porque um verdadeiro poema continua sempre...
Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte
não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras. MQ
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
Mário Quintana
Nota do autor: Poemas e Poesias que versam sobre o tema "ROSA", sempre governaram meu imaginário. O poema\texto abaixo, atribuído a Carlos Drummond de Andrade, talvez tenha sido o primeiro que me chocou durante a adolescência, até hoje eu lembro desse texto, como se ainda estivesse sentado naquela manhã chuvosa de outubro, na aula de lingua-portuguesa, ministrada pelo professor Eraldo, do colégio francisco manuel em Registro\SP. A frase de impacto deste texto para mim até hoje, e foi por ela que o reencontrei é: "Eu a furtara, eu a via morrer". Compartilho com vocês algo que representou muito para mim nas ultimas duas décadas de manhãs chuvosas de outubro.