domingo, 26 de julho de 2009

"Vida é fazer, todo SONHO brilhar" TJobim

A corrida perfeita ... aquela que não queria fazer, mas desafiado pelas ondas do mar, azul claro do céu, pela água morna do Atlântico e por Chico ao no Ipod, resultou em 16km corridos.

O hambúrguer perfeito ... cebolas, pingos molho para churrasco, queijo derretido, de espessura média de carne de primeira, alface americana, tomate, pão torrado, bacon crocante.

A perfeita ... pizza de mussarela com tomates frescos e manjericão.

A tarde perfeita ... praia, sombra, rede, um coco gelado, um livro, e Monica Salmaso no MP3.

O gato perfeito ... branco, peludo, de muita personalidade, rabo felpudo, e só pula no seu colo e pede carinho quando ele quer, macio, com manchas cinzas no pelo, com um grande olhar sentimental, e o nome da personagem de tirinhas que eu mais gosto: Kalvin.

A perfeita manhã ... aquelas sem horário para acordar, e ao abrir d'ólhos ver a pessoa amada ao seu lado.

A visão perfeita... de olhos azuis esverdeados... com cilhos no tamanho que não importam, e sobrancelhas que passam desapercebidas.

A perfeita trilha ... feita na mata atlântica em qualquer lugar do Vale do Ribeira.

A praia perfeita... Pereirinha, na Ilha do Cardoso, em Cananéia, no Vale do Ribeira, quando pela primeira vez nadei com botos.

O lugar perfeito ... rodeado por árvores e persistente nevoeiro de manhã cedo, em virtude de uma montanha, um vidroso e esfumaçante lago na manhã de inverno, vitoriosas flores selvagens, um pequeno pasto, um córrego sinuoso movimentado, ainda com o zumbido da natureza, e de uma cachoeira.

A perfeita reunião de negócios ... ninguém apareceu.

A viagem perfeita ... aquela que fazemos sem destino determinado (somente alguns poucos planos) e muitas aventuras, ouvindo sua voz, e olhando para seus olhos, e perdido entre a beleza estonteante da natureza e a cabeça a pensar que nada vale a pena se você não está fixado no meio da paisagem.

A parada perfeira ... boteco, amigos, boa música, petiscos, bebidas geladas e um generosa taça de vinho.

A noite perfeita ... um claro céu ensolarado de estrelas, o cheiro de pipoca, uma brisa de luz, a vista das luzes da cidade, pessoas andando, o barulho do ônibus eletrico.

A perfeita noite depois da festa ... um COHIBA, a ultima taça de vinho, o ultimo "até logo" e poder comer as coisas que sobraram com a mão...

A poesia perfeita... ainda não foi escrita.



Papel Machê
Rosa Passos
 João Bosco - Papel Mache

Composição: João Bosco / Capinam

Cores do mar, festa do sol
Vida fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel marché
Cores do mar, festa do sol
Vida fazer todo o sonho brilhar
Ser feliz, no teu colo dormir
E depois acordar
Sendo o seu colorido
Brinquedo de papel marché
Dormir no teu colo é tornar a nascer
Violeta e azul outro ser
Luz do querer
Não vai desbotar, lilás cor do mar
Seda cor de batom
Arco-íris crepon
Nada vai desbotar

sexta-feira, 24 de julho de 2009

" O futuro é o mundo das novidades, tudo tem que ser diferente, para que faça a diferença. "

Chove novamente,
fico pensando no céu de improvavel azul,
nas histórias que ouvi das quais não lembro mais
das que ouvir e reinventei...

Chove novamente,
e o destino segue mandando na vida das pessoas,
o vinho sob a mesa, nos leva para outro lugar
daqui 20 anos, o que restará da lembrança do agora?

Chove novamente,
e na realidade o que há! tristeza, melancolia?
talvez sim, ou não, mas a certeza de um amor e não de uma paixão.
do improvável, não dito, fica o olho no olho... as coisas não ditas
ou faladas pela metade.

Chove novamente,
A imagem que não sai da cabeça, é aquela que eu não quero tirar...
O som no rádio, toca somente aquilo que eu quero ouvir...
Vamos deixar esse negócio, da racionalização barata e limitante
de um raciocínio que não precisa ser isso ou aquilo, mas sim...
SIMPLEs...

A chuva é simples, choveu, molhou e pronto!!!
Nem sempre!!!
Tem lugares que essas águas não chegam...
Eu vou entregar!!!
Mas não sou carteiro... mas está em minhas mãos...
Na verdade nas tuas também...

Desembrulha o destino e vive, o hoje e o agora...
Sê, de fato, em prosa e verso...
FELIZ!!!





Que Reste-t-il de Nos Amours?
João Gilberto

Composição: Charles L. Trenet

Que reste-t-il de nos amours?
Que reste-t-il de ces beaux jours?
Une photo, vieille photo de ma jeunesse

Que reste-t-il des billets doux
Des mois d'avril, des rendez-vous?
Un souvenir qui me poursuit sans cesse

Bonheurs fanés, cheveux au vent
Baiser volés, rêves émouvants
Que reste-t-il de tout cela?
Dites-le moi

Un petit village un vieux clocher
Un paysage si bien caché
Et dans un nuage le cher visage
De mon passé

 Rosa Passos - Que reste-t-il de nos amours





quarta-feira, 22 de julho de 2009

todo mundo giz que ali jazz um haicai porque blue - ou bliss? Bith

Desolador e esclarecedor
(versão final)

É desolador e esclarecedor
O cachorro roubando do velho
O resto da barra de cereal
A vontade de misturar bebidas
Para dizer umas verdades
A corrida de fórmula 1
Sem nenhum grave acidente
É desolador e esclarecedor
O dente roxo de vinho tinto
O dedo amarelo de nicotina
O vermelho daquilo
Que não é sangue
O azul daquilo
Que não é céu
O verde daquilo
Que não é mato.
É desolador e esclarecedor
O lacre do iogurte
Não abrir com um simples toque
Uma droga de um desenho animado
Não conter violência por ser educativo
Assistir esta droga
Só para conhecer o final
É desolador e esclarecedor
O resultado da loteria
O resultado de uma pesquisa no google
Sobre você mesmo
O resultado de um teste de gravidez
O resultado de um exame de vista
É desolador e esclarecedor
Reencontrar o amigo de infância
Que um dia o traiu
Reencontrar o primeiro amor
Que não sabe quem você é
E nunca irá saber
Reencontrar o primeiro livro
Que você leu na vida
O primeiro verso que mudou a sua vida
Mas que agora, estranhamente
Não faz tanta diferença
É desolador e esclarecedor
A tendinite do pianista
A amnésia de um poeta
O transtorno obsessivo
De conferir se a porta do banheiro
Esta realmente fechada
O prato cheio de uma anoréxica
É desolador e esclarecedor
Uma grávida chorando
Na fila do supermercado
Alguém chamando pelo pai
No meio de uma festa junkie
Uma senhora mostrando a foto dos netos
Hoje com mais de trinta anos.

(AL)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O amor é uma experiência pela qual todo o nosso ser é renovado e refrescado como o são as plantas pela chuva após a seca. Bertrand Russell

PS1: Antes de começar a ler, aperta o PLAY abaixo :-)

PS2: Hoje me deu preguiça de escrever, então estou traduzindo meus sentimentos em partes da música abaixo. Existe um poema aí, creia! :-)

PS3: A inspiração é a mesma, só o autor do poema agora é diferente!!!

PS4: Ontem choveu e eu dormi. Sozinho! :-(







Eu Sou Seu


 Jason Marz - I'm Yours



Bem, você fez que fez comigo e você pode apostar que eu senti
Eu tentei ser frio mas você é tão quente que eu derreti

Eu caí por entre as fendas, agora estou tentando voltar
Antes que o frio passe, eu estarei dando o meu melhor
E nada me deterá a não ser intervenção divina
Reconheço que é minha vez novamente de ganhar algo ou aprender algo

Mas eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode esperar, eu sou seu

Bem, abra sua mente e veja como eu
Abra seus planos, e caramba, você é livre
Olhe dentro do seu coração e você encontrará amor, amor, amor

Ouça a música do momento que pessoas dançam e cantam
Nós somos apenas uma grande família
É nosso direito divino ser amado
, amado, amado, amado, amado.

Então eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode esperar, tenho certeza
Que não há necessidade de complicar, nosso tempo é curto
Este é nosso destino, eu sou seu


Eu passei muito tempo verificando minha língua no espelho
E me inclinando para trás só para tentar vê-la melhor
Meu hálito embaçou o vidro
Então eu desenhei uma nova careta e ri

Acho que o que estou dizendo é que não há razão melhor
Para se livrar da vaidade e apenas ir com o ritmo
É o que pretendemos fazer
Nosso nome é nossa virtude

Então eu não hesitarei mais, não mais
Isso não pode mais esperar, eu sou seu

Abra sua mente e veja como eu
(Não hesitarei)
Abra seus planos, e caramba, você é livre
(Não há mais, não mais)
Olhe dentro do seu coração e você verá o céu é seu
(Isso não pode mais esperar, tenho certeza)

Então, não por favor, não por favor, não por favor
Não há necessidade de complicar
(O nosso tempo é curto)
Porque o nosso tempo é curto
(Este é o nosso destino)
Isto é, trata-se, este é o nosso destino
Eu sou seu


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Adoro sob todas as formas de linguagem a música, porque ignoro ainda a ignomínia da gramática e da filosofia. Paolo Mantegazza



Quando a palavra escrita expressa os sentimentos?
Quanto as regras gramaticas revelam a poesia?
Quem inventou a métrica?
Quando a fonética, não é o sopro da emoção?

Para cada conjunto expressado 4 linhas traçadas
Para cada sentimento sistematizado, uma poesia.
Para cada sentimento vivido, a vida
expressada em choro, silencio, sentimento, muito deles solidão.

As letras ainda não são suficientes,
O conjunto de rimas e métricas, não expressa os sentimentos
Não consigo me fazer claro...
O texto é intencionalmente confuso...

No que pensam os poetas ao escrever os poemas e poesias?
Pretensão minha, nada de estratégico ou racional, havia...
Só sentimentos.
Do olhar para "dentes de leão" a voar no campo e saber relatar
Ao conversar com o por ou nascer-do-sol e saber transmitir isso
em palavras.


Assaltaram a Gramática
Os Paralamas Do Sucesso

 Paralamas do Sucesso - Assaltaram a Gramática


Assaltaram a gramática
Assassinaram a lógica
Meteram poesia, na bagunça do dia-a-dia
Sequestraram a fonética
Violentaram a métrica

Meteram poesia onde devia e não devia
Lá vem o poeta com sua coroa de louro
Agrião, pimentão, boldo
O poeta é a pimenta do planeta
(Malagueta!)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande. Roger Bussy-Rabutin

Minha homenagem a São Paulo...
Essa cidade que me deu muito...
E eu retribui tão pouco...
Não pude conhecer cada uma de suas esquinas
Mais sempre acelera o coração no cruzamento da São João com a Ipiranga
Inevitável, não lembrar Caetano, nesse momento...
Esse abaixo, na foto é outro cruzamento que ainda me faz bater o coração...
Que bom estou vivo... e pronto para continuar amando...
Essa foi a cidade que transformou o inevitável em possível...
Realizável, imaginável, sensível...
Foi nessa cidade, que me recebeu como recebe a cada estrangeiro desse nosso país...
Que eu aprendi o que é o Amor!!!
Eu não me tranquei em meu apartamento em busca do amor, mas o encontrei
"nas ruas de São Paulo"
Onde também aprendi a me amar...
As luzes da cidade estão todas dentro de mim... e eu te vejo em cada reflexo delas...
Na medida do possível, São Paulo se tornou a cidade mais importante da minha vida...
Outras virão certamente, eu sei,
invevitável destino desse mochileiro cheio de sentimentos,
e ambulante dos sonhos.
São Paulo, eu te amo!
Obrigado por me amar também!!!

Obrigado Rua Benito Juarez
Obrigado Rua Topazio
Obrigado Ambrosina de Macedo
Obrigado Av. Brigadeiro Luiz Antonio
Obrigado Avenida Paulista!



Na cidade de São Paulo, o amor é previsível
como você e eu e o céu.




Lá Vou Eu

Zélia Duncan

Composição: Rita Lee e Luiz Sérgio

Zelia Duncan - Lá vou eu

Num apartamento perdido na cidade,

alguém está tentando acreditar
que as coisas vão melhorar ultimamente.
A gente não consegue
ficar indiferente debaixo desse céu
No meu apartamento
você não sabe o quanto voei,
o quanto me aproximei de lá da Terra
Num apartamento perdido na cidade,
alguém está tentando acreditar
que as coisas vão melhorar ultimamente.
No meu apartamento
você não sabe quanto voei,
o quanto me aproximei de lá da Terra.
As luzes da cidade não chegam as estrelas sem antes me buscar.
Na medida do impossível tá dando pra se viver.
Na cidade de São Paulo, o amor é imprevisível
como você e eu e o céu.
Num apartamento perdido na cidade
alguém está tentando acreditar
que as coisas vão melhorar ultimamente
A gente não consegue
ficar indiferente debaixo desse céu.
No meu apartamento
você não sabe o quanto voei
o quanto me aproximei de lá da Terra, não.
As luzes da cidade não chegam as estrelas sem antes me buscar.
Na medida do impossível tá dando pra se viver
Na cidade de São Paulo, o amor é imprevisível
como você e eu e o céu.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

"O amor é o nosso estado natural quando não optamos pela dor, pelo medo ou pela culpa" -- Willis Harman e Howard Rheingold

"Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho,
pois cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.
Cada um que passa em nossa vida, passa sozinho,
mas quando parte, nunca vai só nem nos deixa a sós.
Leva um pouco de nós, deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito, mas há os que não levam nada”.
(Kalil Gibram)



~ Devaneios de tempos chuvosos ~



Hoje é um daqueles dias que acho lindo!
Talvez pela minha melancolia, cultivada...
Sinto saudades de tempo bucólicos que não vivi, não vivo ou viverei...
Mas uma saudades remota de uma infância reinventada...
Uma adolescência resignificada...
Um adulto inventado eu sou...

Chove, faz frio e o tempo está cinza...
Adoro chuva, mas quando chove de verdade, também chove dentro de mim...
Não ver as cores do dia, num dia de chuvas, não quer dizer que elas não estejam lá...
Amo cinza, com também as cores primárias...
Descobri que o vermelho usado em minha palheta, não gera o roxo que eu sempre quis...

A luz é fundamental na cor...
A ausência dela, por outro lado, alimenta meu medo...
Mas do que tenho medo!!!
De perder-te, certamente...

O amor é um ingrediente complementar a vida...
Já imaginou um pão sem fermento?
Um risoto que não seja cremoso?
Uma macarronada sem queijo parmesão ralado?

Tenho medo de não sentir medo!
Tenho medo de perder o que me faz amar!
Sua presença, seu cheiro, seu olhar...
Seu sabor, sentar ao seu lado no cinema e encostar minha mão na sua...

Ontem fez sol,
em meio ao frio do inverno...
Hoje chove,
em meio ao medo que tenho de te perder...
Tenho Medo do Medo que dá....



Miedo

Julieta Venegas

Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Lenine & Julieta Venegas - Miedo


Miedo

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienem miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienem miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienem miedo de subir y miedo de bajar
Tienem miedo de la noche y miedo del azul
Tienem miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de ascender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienem miedo de reir y miedo de llorar
Tienem miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienem miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se aprieta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara, medo de encarar
Medo de calar a boca, medo de escutar
Medo de passar a perna, medo de cair
Medo de fazer de conta, medo de dormir
Medo de se arrepender, medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Miedo... que da miedo del miedo que da