Sábias agudezas... refinamentos... - não! Nada disso encontrarás aqui. Um poema não é para te distraíres como com essas imagens mutantes de caleidoscópios. Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe Um poema não é também quando paras no fim, porque um verdadeiro poema continua sempre... Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras. MQ
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Num "eiro" democrático qualquer
No bueiro cresce um abacateiro
Sentado a sombra do abacateiro toca um bandoleiro
O bandoleiro cantarola um cancioneiro
O mesmo cancioneiro de um roqueiro
O algodoeiro e seu algodão
O alcoviteiro atiça o candieiro
O banho no banheiro e aguaceiro.
E do lado de foram um bisbilhoteiro.
O banco e seu banqueiro
A artilharia e seu artilheiro
O bocaneiro e "terra à vista"
A margem a castanha e seu castanheiro
A democracia e seu bombardeiro
A denuncia e seu armeiro
A lanterna joga no bueiro
Com ela meu voto inteiro.
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