Poesias Rupestres & Memórias Inventadas
Sábias agudezas... refinamentos... - não! Nada disso encontrarás aqui. Um poema não é para te distraíres como com essas imagens mutantes de caleidoscópios. Um poema não é quando te deténs para apreciar um detalhe Um poema não é também quando paras no fim, porque um verdadeiro poema continua sempre... Um poema que não te ajude a viver e não saiba preparar-te para a morte não tem sentido: é um pobre chocalho de palavras. MQ
sexta-feira, 6 de abril de 2018
Num "eiro" democrático qualquer
No bueiro cresce um abacateiro
Sentado a sombra do abacateiro toca um bandoleiro
O bandoleiro cantarola um cancioneiro
O mesmo cancioneiro de um roqueiro
O algodoeiro e seu algodão
O alcoviteiro atiça o candieiro
O banho no banheiro e aguaceiro.
E do lado de foram um bisbilhoteiro.
O banco e seu banqueiro
A artilharia e seu artilheiro
O bocaneiro e "terra à vista"
A margem a castanha e seu castanheiro
A democracia e seu bombardeiro
A denuncia e seu armeiro
A lanterna joga no bueiro
Com ela meu voto inteiro.
terça-feira, 8 de novembro de 2011
"E que a minha loucura seja perdoada Porque metade de mim é amor E a outra metade... também." OM
A parte de um tudo
Uma parte menino
Outra parte homem
Uma parte delicado
Outra parte malcriado
Uma parte discreto
Outra parte atrevido
Uma parte poeta
Outra moleque
Uma parte de mim é doce
A outra meio-amargo
Um metade de mim está no direito
A outra re-invento no avesso
Meu lado direito é claro
O lado avesso é obscuro
Meu lado direito pede a razão
O lado avesso só obsessão
Meu lado direto esquizofrenia
O lado avesso depressão
As vezes sou como uma sacola de plástico,
levada pelo vento.
Noutra sou como uma sequóia centenária,
que não se abala com nada.
Sou pobre e sou rico
Sou derivado de mim mesmo
Sou os adjetivos que uso para me modificar
De verbos só tenho a palavra
Meus pronomes são usados para me esconder
Sou uma divisão exata de mim mesmo
Sou a multiplicação de “incertidumbres”
Sou a soma das incertezas
Sou a subtração sem ponto final
terça-feira, 4 de outubro de 2011
"Cada lágrima ensina-nos uma verdade." Ugo Foscolo
uma gota
duas lágrimasum sentimento
a solidão
uma voz
para acalanto
um ombro
para sonhar
...não falo, não suspiro, não escrevo seu nome. Mas a lágrima que agora queima a minha face me força a fazê-lo" Lord Byron
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. Fernando Pessoa
"Some blue words"
Não sei de onde vens e nem para onde vais
Oh! Tristeza profunda que a distância me trás
Saia de mim, aqui não é uma de suas moradas
Quero viver intensamente e não de forma fulgaz
Verossímil é o tempo, que nos trata de forma ímpar
Cicatriz deixará uma marca na pele e nada mais
Porque me consomes, porque justo em mim vem habitar
Oh! Tempo cruel, que me deixa acima de tudo incapaz
Não espero nenhuma experiência de dor para ser feliz
Só me incomoda a incerteza que o tempo me tras
Nunca mais encontrarei alguém como você, para amar
Às vezes o amor dura, em outras ele também causa dor
Busco agora e buscarei outrora
Uma gota a mais, de sua atenção, de seu amor.
Eu estou aqui, não me deixe só
Sua ausência me consome.
"Existe uma dor, dentro de mim, que nada pode curar ."
HA5*****
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Basta-me um pequeno gesto, feito de longe e de leve, para que venhas comigo e eu para sempre te leve... CM
Improbabilidades #4
Um medo: o esquecimento
Um sonho: voltar
Um desejo: você
Um momento: seu olhar
Uma palavra: sossego
Um lugar: o lar
Um gesto: abraçar
Um atitude: beijar
Um susto: desvio
Um pedido: perdão
Um culpado: a distancia
Uma sensação: solidão
Um encontro: seus braços
Uma expressão: te amo
Um aconchego: seu colo
Um acalento: [contigo] deitar
Uma poesia: a não escrita
Uma rima: a não dita
Um verso: o não terminado
Um fechamento: ponto final [.]
Um medo: o esquecimento
Um sonho: voltar
Um desejo: você
Um momento: seu olhar
Uma palavra: sossego
Um lugar: o lar
Um gesto: abraçar
Um atitude: beijar
Um susto: desvio
Um pedido: perdão
Um culpado: a distancia
Uma sensação: solidão
Um encontro: seus braços
Uma expressão: te amo
Um aconchego: seu colo
Um acalento: [contigo] deitar
Uma poesia: a não escrita
Uma rima: a não dita
Um verso: o não terminado
Um fechamento: ponto final [.]
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. VM
Improbabilidades #3
O melhor amigo
O melhor amor
O melhor sorriso
Viver sem dor
Uma gota de sangue
Que uma vida salva
Uma alma noturna
Que no silencio vaga
A letra (in)perfeita
A batida (in)precisa
A palavra (in)adequada
A poseia cantada
Ponta de dedos
Pulso e dedao
Pandeiro mao
Vida, música e paixão
Um encontro
Um desencontro
Um reencontro
Um história (entre)contos.
O melhor amigo
O melhor amor
O melhor sorriso
Viver sem dor
Uma gota de sangue
Que uma vida salva
Uma alma noturna
Que no silencio vaga
A letra (in)perfeita
A batida (in)precisa
A palavra (in)adequada
A poseia cantada
Ponta de dedos
Pulso e dedao
Pandeiro mao
Vida, música e paixão
Um encontro
Um desencontro
Um reencontro
Um história (entre)contos.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Eu sei a improbabilidade desse sorriso me levar a algum lugar, mas sei que não devo procurar nele um lugar firme para descansar. TB
Improbabilidades #1
Manga com leite
Uma taça de vinho
Cheia de azeite
Novelo de lã
No por do sol de amanhã
Ferida aberta a navalha
Um fio de álcool a correr
O doce de uma bala amarga
Manga com leite
Uma taça de vinho
Cheia de azeite
Novelo de lã
No por do sol de amanhã
Ferida aberta a navalha
Um fio de álcool a correr
O doce de uma bala amarga
Flor, para munição do [re]volver
Um amor, dois amores, um "posso"
Uma viga, uma parede, uma casa
Um corpo, dois corpos, um copo
Um uma chave e fechadura, uma casa
Um beijo inesperado, roubado
Uma alma imoral e encontrada
Um longo abraço doado
Uma promessa de vida dada.
Um amor, dois amores, um "posso"
Uma viga, uma parede, uma casa
Um corpo, dois corpos, um copo
Um uma chave e fechadura, uma casa
Um beijo inesperado, roubado
Uma alma imoral e encontrada
Um longo abraço doado
Uma promessa de vida dada.
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Improbabilidades #2
Café com limão
Navalha na carne
Café com limão
Navalha na carne
Álcool na mão
Coelhos sem pelos
Ovos e pentelhos
Brincadeira de roda
Em um quadradro
Coentro sem cheiro
Salsinha com sabor
Corrida no lugar
Fatiga sem dor
Uma goma sem sabor
Um romance sem amor
Um amante sem cuidado
Uma paixão sem arder em dor
A Vida é só uma variação
Do que se é decorado ou não!
Coelhos sem pelos
Ovos e pentelhos
Brincadeira de roda
Em um quadradro
Coentro sem cheiro
Salsinha com sabor
Corrida no lugar
Fatiga sem dor
Uma goma sem sabor
Um romance sem amor
Um amante sem cuidado
Uma paixão sem arder em dor
A Vida é só uma variação
Do que se é decorado ou não!
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